“Eu
poderia escolher mil lugares mais agradáveis para ser um prisioneiro, como uma
tumba mal assombrada ou a toca de uma fera. Como eu odeio estar neste porão
sujo e mal iluminado, o cheiro forte de bebida e urina já impregnou minhas
roupas, e tem tornado meus dias ainda mais agradáveis. Não sou capaz de afirmar o que me enoja mais: as cantorias desses homens sem honra, ou o
balançar do navio sob a fúria do mar.”. Doherov,
o prisioneiro, em algum lugar do oceano.
Umas das melhores maneiras
para se transportar mercadorias é através dos oceanos. Navios, abarrotados de
especiarias e outras cargas valiosas, cruzam os mares diariamente. São tão
grandes, que poucas coisas os ameaçam, como a fúria da natureza ou as bestas titânicas
que vivem sob a água. Uma das fontes de maior temor dos navios, entretanto, são
homens. Mas não são homens comuns. Eles navegam em navios de velas negras, que
ostentam em sua bandeira um crânio humano. Eles pilham navios, sequestram
pessoas importantes e não costumam deixar sobreviventes de seus ataques.
Piratas são tipos únicos:
vestem-se com roupas leves, muitas vezes de cores chamativas, quase sempre usam
chapéu ou bandana (e não apenas para se proteger do sol em alto-mar) e têm um
gosto especial por ouro, quase uma veneração. Quando estão em terra firme, são
notórios beberrões e fornicadores, gastando o ouro “recolhido” quase tão rápido
quanto o conseguiram.
Lutam com velocidade e
precisão, buscando eliminar seu oponente da maneira mais rápida possível, sem
se importar com combate justo ou outras “etiquetas” típicas da terra firme.
Suas armas típicas são o sabre e a adaga, armas leves e prefeitas para se
carregar nos navios. Recentemente trouxeram das ilhas orientais um avanço tecnológico, a
pólvora. Jack, o esquisito, usou-a como base para sua maior invenção: a pistola.
A pólvora é um pó
alquímico altamente reagente ao fogo. Exposta ao fogo ela é capaz de criar
explosões capazes de romper rochas. Recentemente alquimistas a serviço dos
piratas descobriram como criar explosões “controladas” e assim surgiram as
pistolas.
Uma pistola é uma arma
capaz de matar um homem com um único tiro, porém é muito lenta e tem um tempo
de recarga de 1d4 turnos, sendo que se o pirata sofrer um ataque bem sucedido
ele acrescenta +1d4 turnos ao tempo de recarga. Como são armas experimentais,
existe 1 chance em 6 de o tiro “engasgar” e o ataque ser perdido, com isso o
tempo de limpeza do cano/recarga sobre para 1d6 turnos.
Pirata
(caótico): a partir do 5º nível o ladrão toma o rumo
dos mares em busca de riquezas e aventuras, sendo que a partir desse nível ele
aprende como funciona um navio e recebe alguma capacitação para manipulação da
pólvora e se torna capaz de usar a pistola como arma. A partir do 8º nível, o
ladrão receberá um bônus de +2 na CA e estará apto a se tornar o imediato de um
navio. A partir do 16º nível o pirata domina como ninguém a pistola, que passa
a não mais ter a chance de “engasgar” e o tempo de recarga cai para 1 turno. Um
pirata de 11º nível consegue um navio, normalmente por meios “alternativos”,
recruta uma tripulação e se torna o capitão de seu próprio navio.
Hierarquia
em navios piratas:
- Capitão: O Capitão da tripulação era escolhido democraticamente e escolhiam entre si, quem iria chefiar. Os mais bem sucedidos eram os que cujas capacidades em combate e em liderança fossem boas.
- Tripulação: Cada tripulação pirata, tinha vários elementos importantes. Desde o Capitão até ao Criado-de-Bordo, todos eram importantes para a boa manutenção e o bom funcionamento do barco, quer em bom tempo ou em tempestades, quer em tempo calmo ou de batalha.
- Imediato: Ele repartia tudo, desde as refeições aos castigos. O Imediato está também encarregado de distribuir o saque efetuado nos outros barcos.
- Mestre do Navio: Os navios tinham vários Mestres. Os Mestre do Navio eram oficiais inferiores que tinham várias tarefas, entre as quais, vigiar as velas e o cordame e deixar o convés limpo.
- Carpinteiro: O Carpinteiro substituía peças de madeira do navio danificadas, tapava buracos e emendava as velas rasgadas.
- Homem de Armas: Os Homens de Armas tinham de ter boa pontaria e de saber mexer em canhões, para poderem disparar vários canhões. Para conseguir esta perícia, eram precisos vários anos e os melhores Homens de Armas eram muito procurados.
- Cirurgião: O cirugião utilizava uma grande variedade de facas para extrair balas, amputar membros e tratar feridas de fogo de canhão ou de lutas de alfange. Poucos navios tinham um cirurgião a bordo.
- Rapaz da Pólvora: Esta era uma posição de baixo nível, para rapazes novos que eram membros recém-chegados da tripulação pirata. O trabalho deles era limpar e carregar armas. Podiam ser promovidos a Imediatos de Homens de Armas ou até mesmo a Homens de Armas, se sobrevivessem!
legal a adaptação. entendo q o esquema de recarga é para compensar o dano,mas creio q 3d12 seja um pouco alto, na minha opniao.
ResponderExcluirpelo menos, para uma pistola de mão, e o custo da arma nao é tão alto (mesmo com a polvora). alias, nao diz que quantidade de polvora é preciso na arma :O
eu nao saberia dizer quanto causa uma arma de fogo em um cenario de fantasia. normalmente, ate onde lembro, adota-se um sistema de repetição de dado. por exemplo, causa 1d6, e se tirar um 6, joga de novo.
os piratas usavam várias pistolas, justamente pelo tempo de recarga. assim, atirava com uma e ja partia pra outra, amarradas em uma corda presa a si mesmo.
bom, parabens pela materia, achei muito bacana a iniciativa :D
Legal que curtiu a matéria.
ResponderExcluirEntão, a ideia é que o dano seja realmente alto, mas que seria compensado pela velocidade da arma, tempo de recarga, chance do tiro falhar e o risco de acidente quando exposta ao fogo.
Atualizarei a matéria com os dados da quantidade de pólvora que se utiliza na pistola.