4 de março de 2013

O RPG que mais me marcou é...?


Fala pessoal tudo beleza? Estive ausente nos últimos dias por diversas razões pessoais, mas agora estou voltando a escrever no blog e pretendo voltar a ter pelo menos dois posts semanais (terminar a série de CDZ em Arton e colocar no papel novos projetos também).

Hoje é o dia do mestre de RPG (parabéns pra todos nós!) e inspirado nesse dia eu queria falar do RPG que foi mais marcante em minha vida: 3D&T.

Sim, Defensores de Tóquio é o RPG que eu penso com mais carinho quando me lembro dos RPGs que já joguei. Mas porque isso? Porque justamente esse RPG tão simples e escrachado é o meu favorito?

As respostas para essas questões estão no ano de 2002, o ano em que eu conheci o hobby e joguei a minha primeira, e mágica, partida de RPG. 

Eu moro em uma cidade chamada Ilhéus, no sul da Bahia, e aqui, como na maior parte do país, o acesso ao RPG é complicado. Portanto o RPG era um hobby desconhecido pra mim, apesar de não inteiramente desconhecido, afinal eu já gostava de videogames do gênero. 

Em meados de 2002 um colega de sala (que se tornou um grande amigo, em grande parte  graças ao RPG) me emprestou um livrinho de capa azul, com uma sigla estranha na capa, e me disse que com aquilo se jogava um jogo muito legal. Levei o livro pra casa e o devorei, li tudo num piscar de olhos e fiquei pilhadão pra jogar.

Alguns dias depois joguei minha primeira partida de RPG. O cenário era Tormenta e o meu personagem era uma fada (ou UM fada) heroi dos ventos. Eu fiquei maravilhado com o que aconteceu naquela tarde mágica, a imaginação ganhava asas e o tempo transcorreu acelerado enquanto o mestre falava de um mundo fantástico e monstros terríveis que nós deveríamos exterminar. Caramba, eu era um heroi e salvei uma cidade!

Não ligávamos para coisas que escutamos, e muito, de outros RPGistas da cidade como: "regras ruins" ou cópia do "cenário X" ou "isso é banalização do RPG". Éramos pouco mais que crianças e tudo o que importava era a diversão. E como nos divertimos com esse "livrinho" de capa azul e sigla estranha. Quem critica o 3D&T não consegue imaginar como é ser RPGista em uma cidade do interior da Bahia. Não tínhamos quem nos apresentasse o "sensacional" D&D ou o "requintado" Vampiro. Mas, em bancas de revista e custando apenas R$ 9,90 encontramos o 3D&T. E como isso nos divertiu.

Óbvio que, eventualmente, migramos para o D&D, passamos pelo Vampiro e outros RPGs depois disso. Mas o 3D&T foi o responsável por nos apresentar esse mundo novo. Nos cativou. Cabia nos nossos bolsos e era a nossa diversão garantida do final de semana.

Se hoje sou RPGista agradeço ao 3D&T. E esta é a minha pequena homenagem ao "livrinho" que me tornou mestre de RPG.

PS: Até hoje continuo jogando com o mesmo pessoal que comecei a jogar. Ainda em Arton. E 3D&T é sempre lembrado com muito carinho por todos nós.

Comments (6)

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Snif!
Poxa, eu não sei se tenho como dizer que RPG X ou Y me marcou mais. Eu só fui começar mais tarde, e fui direto pro D&D 3.5. O que me marcou mesmo foram meus idos tempos de RPG por grupo do Yahoo, antes de conhecer o RPG de mesa...
Marcelo Cassaro's avatar

Marcelo Cassaro · 631 weeks ago

Obrigado pela homenagem e pelo carinho! Abraço!
Rodrigo Quaresma's avatar

Rodrigo Quaresma · 631 weeks ago

3D&T. Na veia!
Excelente homenagem.

Tenho muitos amigos que não jogariam RPG hoje não fosse por aquela Dragão Brasil com Pokémon (para 3D&T) na capa :-D
Eita nostalgia!

Deu até lágrima nos olhos!

Tbm comecei com ele e tenho o livro aqui em casa até hoje!

Meu orgulho!!!

Kkkkkkkkkkkk!
Tocou meu coração!!!
Marcus Santana's avatar

Marcus Santana · 631 weeks ago

Não sabia que o dia 04 de março é o "Dia do Mestre RPGista", mas fiquei contente em saber. Também acabei de recordar muitas experiências divertidas, emocionantes e felizes ao longo de mais da metade de minha vida, jogando RPG, enquanto lia tua postagem, Fig. Minha nossa... Ainda lembro como, em um mês quente, numa noite de dezembro, em 1999, quando eu tinha dez anos, joguei RPG pela primeira vez. Pokémon! Amigos de rua, no pequeno átrio de entrada da casa de um desses, o Mestre. Sistema caseiro, simplista, até simplório. Baseado em D6. Que universo fantástico se abriria depois dali... Minha primeira revista de RPG foi a Dragão Brasil nº 65, cuja capa era "Caverna do Dragão", e trazia uma parte do roteiro final da série, jamais produzido. Também tinha as regras para Poder Máximo (de Gigante e Infinito) em 3D&T. E, uma coisa leva a outra, adquiri o manual, organizei minha campanha e a mestrei. Muitas e muitas, ao longo de mais de dez anos. Incontáveis mundos. Amigos inesquecíveis. Sagas maravilhosas. Risos sem fim. Pelo menos até hoje! Que seja assim sempre mais, no amanhã! É uma homenagem merecida esta, Fig, legítima e necessária! Realmente, tudo começou com Defensores de Tóquio! E eu tive o manual vermelho, antigão! Engraçado demais! Parabéns ao sistema do Cassaro (esse pai desnaturado... mas com raro tino e brilhantismo quando o assunto é realizar ideias divertidas e interessantes...), viva o clássico Manual 3 D&T (sem desmerecer os novos, dos quais também gosto e, por isso, os tenho...) e vivas ao RPG, e aos RPGistas! Valew Fig!

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