17 de fevereiro de 2014

Raise Dead na 4e - Rituais

















E aí pessoa, beleza? Recentemente o Rodrigo "Big" Campos, lá do Zuada!, e eu conversávamos sobre como o grupo do Facebook destinado a quarta edição do Dungeons and Dragons está morto. Quase ninguém cria material original para a edição e não existem muitas conversas sobre o sistema por lá. Decidimos tentar incentivar a comunidade a se tornar mais ativa. Como? Criando nós mesmo materiais e fomentando discussões sobre o nosso tão querido D&D 4e. Para começar, confiram uma alternativa com mais fluff para o custo de componentes dos rituais.

OBS: Meus livros de D&D 4e são os americanos e não faço ideia de como foram traduzidos a maioria dos termos aqui no Brasil, portanto é bem provável que eu utilize um termo que a Devir não utiliza. Se for o caso, me avise que corrijo para o próximo post.

Você que nunca leu ou jogou o D&D 4e e está boiando quando falo de rituais, deixe-me explicar: sabe quando, antigamente, um conjurador tinha uma lista gigante de magias mas só podia preparar duas ou três? No fim das contas ele sempre preparava as mesmas magias e raramente você via ele conjurar uma magia menos mainstreamExemplo: o clérigo do grupo tinha três magias de primeiro nível preparadas, mas teve que converter todas elas em Curar Ferimentos Leves. Fica para uma próxima conjurar Purificar Alimentos.

Isso era bem comum, certo? A quarta edição do D&D apresentou o conceito de rituais, que na prática pega todas aquelas magias utilitárias e legais, que não são úteis em um combate e as coloca em outro patamar. Um personagem treinado, é capaz de realizar quantos rituais quiser por dia, desde que possa arcar com os custos em componentes para o ritual. 

Bacana, hein?

Basicamente existem nove tipos de rituais:

  • Ligação: Este rituais buscam atrair, seduzir, controlar ou protegê-lo de outros seres, que muitas vezes vêm de outros planos;
  • Criação: Os rituais de criação de itens mágicos e outros itens fantásticos;
  • Ilusão: São os rituais que encobrem a realidade através de véus ilusórios;
  • Adivinhação: São os rituais que fornecem conselhos, informação e orientação; 
  • Exploração: A categoria generalista que engloba uma enorme variedade de efeitos mágicos úteis no dia-a-dia de um aventureiro;
  • Restauração: Rituais que removem efeitos nocivos ou têm o poder para reviver os mortos;
  • Vidência: Permitem que o ritualista espione a distância uma localidade, um objeto ou um ser;
  • Viagem: Transportam o ritualista de um lugar, ou plano, para outro;
  • Proteção: São os rituais que provém variadas formas de proteção mágica.

Então tudo são mil maravilhas com os rituais? Não. Uma das maiores falhas da quarta edição é o fluff nos core books. Os autores fizeram uma edição que esqueceu, no início, dos jogadores iniciantes no que diz respeito a descrição das raças, classes e maneirismos inerentes ao hobby.

Isso se reflete, entre outros fatores, nos rituais. O custo em componentes, necessários para a realização de qualquer ritual, é expresso simplesmente em forma de peças de ouro. Eu, você e o Zé da esquina sabemos que não deveria ser assim, mas e o seu primo que tá começando a jogar agora, sabe disso?

Vejamos um exemplo:

Detect Secret Doors

With a smile and a wink, you show Soveliss the outline of the trapdoor he missed.
Level: 3
Category: Exploration
Time: 10 minutes
Duration: Instantaneous
Component Cost: 25 gp
Market Price: 125 gp
Key Skill: Arcana
Make an Arcana check. Use the result as a bonus to a Perception check you immediately make to find any secret or hidden doors in your line of sight. If anyone aided you while performing this ritual, they can’t help you make the resulting Perception check.

Quem olha o ritual, como está no Player's Handbook, acha que é só colocar 25 moedas de ouro sobre um círculo mágico e pronto, tá feito o ritual. Mas não é assim que deveria ser certo? Um ritual mágico deveria ter um peso para a história, deveria passar um tom místico e misterioso para a mesa. Acredite, se você conseguir acertar o tom da mesa, você fará com que seus jogadores interpretem muito mais espontaneamente.

Eu prefiro dar um sabor extra a esse custo do ritual.

Basicamente as perícias utilizadas para realizar os rituais são: arcana, religion, heal, nature. Eu as agrupo em três grupos: arcanos (arcana), primais (nature) e divinos (religion e heal). Para cada um desses grupos eu crio uma tabelinha simples, listando alguns componentes relacionados e seus custos. Aqui vai um exemplo: 


Voltando para o nosso exemplo acima: então o mago que realizar um ritual de detectar portas secretas, certo? Ele pode usar 10 olhos de morcego e duas raízes de mandrágora ou casca de ovo de cocatriz e 10 olhos de morcego. Das duas formas ele "gastou" 25 gp, mas só o fato de descrever o que está usando já dá outro sabor ao ritual.

Portanto eu proponho que vocês, mestres, criem suas tabelas de componentes e estejam prontos para aumentá-la sempre, afinal um jogador pode sempre te surpreender com um novo ingrediente. 

Que tipo de componente pode ser usado em um ritual primal? E em um religioso? Quanto será que vale, como componente mágico, um coração de dragão verde? A resposta é só uma: depende de você amigo mestre. Use a sua criatividade e dê um sabor especial para a sua campanha.

2 comentários:

  1. Eu utilizo os próprios materiais descritos no LdJ: incensos, ervas raras, peles de animais, pós e soluções alquímicas, ovo de kobold, agrupando em categorias de acordo com a perícia requerida e dando um valor em po conforme a quantidade. Os pjs podem comprar essas coisas em lojas místicas, ou encontrar junto aos tesouros, em lugar de ouro ou jóias.

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  2. Rituais são sempre legais. Pena que não vejo o pessoal usando muito.

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